terça-feira, 4 de setembro de 2012

Pensamentos de uma cerimonialista


Primeira verdade: cerimonial é algo bom. Sim. Você conhece várias pessoas, faz amigos, amplia os contatos profissionais, conhece ótimos lugares, come em demasia (e engorda horrores devido aos jantares, coffee-breaks e coquetéis) aprende muito sobre paciência, prioridades e como ser incrivelmente dinâmico. Todo esse processo é enriquecedor. Sempre reforço para os estagiá
rios: quando você entra nessa área é uma pessoa. Quando sai, é outra. Você muda mesmo, fica muito mais esperto e sociável. 




Mas, sabe que na vida tudo tem dois lados, não é? Então lá vem a segunda verdade, a mais mal passada de todas: cerimonial é estressante. Você não tem rotina semanal ou mensal (pois cada evento é em um horário e uma cidade), lida com inúmeras situações embaraçosas e tenta evitar com todas as suas forças que Titãs e Deuses se estranhem. Sim. Somos aqueles que ficam entre o duelo, o bem e o mal, entre mortais e imortais, entre o permitido e o proibido. Por essas e outras coisas, trabalhar com cerimonial público e protocolo é estar constantemente em um filme chamado “Refém do medo”. É, medo mesmo! Medo de avisos de última hora, de ameaças, de autoridades arrogantes, de pronunciamentos longos, de gente inconveniente e da frase "se me permitirem quebrar o protocolo".

Roberta Basile, relações públicas

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